Estava eu, no balcão da Ryanair tirando dúvidas sobre a passagem da minha amiga, minutos antes de embarcarmos para Paris. Vi uma nota de cinco euros no chão, bem em frente ao balcão e entreguei para a moça que, atônita, não entendeu por que eu fiz isso... e nem minha amiga.
Pois bem, depois de entrar, passar pela segurança (que me fez tirar brincos, anéis, colar, sapatos e cinto) e de caminhar muito até o balcão de embarque, descubro que teria que ter carimbado minha passagem lá no primeiro balcão da empresa. Longe pra dedéu e tendo apenas vinte minutos para fechar o portão do embarque. O que fazer em tão absurdamente pouco tempo? Correr! E pernas para que te quero.
Nunca imaginei que teria que correr tanto na minha vida. Também não imaginei que estivesse tão fora de forma. Creio que acabei parecendo uma louca no aeroporto e, sinceramente, não me importava. Só queria pegar meu avião. Cheguei, completamente suada no balcão e sem folêgo algum para explicar o que queria. Lembra da tal moça para quem dei os cinco euros? Ela rapidamente sacou o radinho e comunicou à segurança que eu estava a caminho e com pressa. Pimba, meus amigos! Plantei coisa boa e colhi. Conclusão: me deixaram passar na frente de todos nas filas. Tive que passar novamente pela segurança, claro... mas, com todo mundo torcendo por mim e me auxiliando, foi tarefa fácil. Dificil mesmo foi correr pelo aeroporto calçando as botas, colocando o cinto, segurando a calça para ela não cair e com o passaporte e passagem na boca. Mas quem se importa em parecer uma princesa quando isso pode lhe custar sua viagem?
Sempre imaginei Paris como nos filmes: uma enorme praça com a Torre Eiffel e uma vizinhança que girava em torno dela. Fiquei absurdamente pasma ao constatar que a cidade é gigantesca! Vi muitas similaridades com São Paulo... mas com várias partes diferentes da minha terrinha por lá. A São Paulo do centro, de Higienópolis, da Paulista e até da marginal (inlcuo aqui o horrendo trem da CPTM). Enfim, um mosaico nosso por lá. Claro que, Paris é muito mais do que isso... mas essas particularidades me fizeram ver a cidade por outra perspectiva.
Ficamos numa vizinhança bem parisiense. O apto era localizado numa vielinha e, à sua volta, existiam vários restaurantes e desenhistas se misturavam no meio dos turistas oferecendo sua arte de fazer retratos. Pessoas tomando vinho, músicas... enfim, toda a atmosfera que você realmente espera encontrar lá. Numa volta pela vizinhança (Monmartre - quem quiser mais informações sobre o bairro clique AQUI), descobrimos a Basílica do Sagrado Coração e sua bela vista da cidade. E o digníssimo símbolo de Paris. Nem preciso dizer a emoção que foi, né? Nunca imaginei que estaria por lá. Quase como se tudo não fosse real... mas era. Descemos a escadaria da Igreja e comecei a notar algo estranho. Uma espécie de familiaridade com tudo. Estava na cenário do filme Amelie Poulain. Aí sim, meu coração acelerou. Procurei, em vão, por Audrey Tatou andando por lá. Foi fantástico!
Dizem que os franceses são grosseiros, que não gostam de ser abordados em inglês e que costumam deixar os turistas falando sozinho. Só digo uma coisa, people: perdi a conta de quantas vezes paramos para pedir informação. E eles não só foram absolutamente prestativos como muitos ainda falavam espanhol também. E, aqueles, que não falavam inglês, se esforçavam para nos ajudar e até chamam alguém que entendia do assunto. Então, essa história de que os parisienses são grosseiros, pra mim, caiu por terra. Simpatia máxima! Não à toa que conseguimos ir para todos os lugares que queríamos apenas perguntando e contando com a ajuda deles. Mais um ponto para essa cidade linda!
1o dia - Chegamos, conhecemos o apto, almoçamos num restaurante próximo. Conhecemos a Basílica do Sagrado Coração (Sacre Coeur) e Moulin Rouge;
2o dia - Demos uma volta pelo centro, visitamos Versalhes, Torre Eiffel, Arco do Triunfo e Champs-Élysées;
3o dia - Disneyland Paris;
4o dia - Walking tour pela cidade: Fointain St. Michel, Pont de l'Archeveche (ou Ponte dos Enamorados), passamos em frente a Notre Damme, Louvre, Pont Neuf (com direito a ver o show de dança de um senhor que estacionou o carro e resolveu dançar com o som alto) e Jardim das Tulherias. Depois, resolvemos entrar em Notre Damme e terminamos com um passeio de barco pelo Sena com direito a ver a Torre Eiffel à noite e iluminada;
Fountain St. Michel
Ponte dos Enamorados
Pont Neuf - Patrimônio da Humanidade
Dizem que os rostos eram dos cortesãos de Henrique IV que resolveu lhes pregar uma peça e pediu para escultores os retratarem após uma intensa noite de bebedeira
Porque quando um homem tem que dançar, ele tem que dançar
Notre-Dame
Detalhe da parte da frente da Catedral
O altar
A história de Jesus retratada em arte
Jardim das Tulherias
5o dia - Louvre (com direito a ver a decepcionante Mona Lisa). E sim, o Louvre parece um shopping center de artes e é impossível visitar tudo em um único dia. Para terminar, pegamos uma bela garrafa de vinho, algumas taças e sentamos na escadaria da Sacre Coeur para ver a noite de Paris e nos despedirmos da cidade.
Efeito Monalisa
A Coroação de Napoleão, de Jacques-Louis David
Código Hamurabi
Hércules matando a Hidra de Lerna - François-Joseph Bosio
Também se faz arte no Louvre
Vênus de Milo
A cidade é linda e minhas companhias maravilhosas! Essa, com certeza, ficará marcada como uma viagem memorável. Só tenho a agradecer.
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