quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A Busca Pela Casa

Geralmente, quando vamos para um intercâmbio, a escola ou agência reserva para nós um quarto em casa de família, albergue ou residência estudantil. Esse é o tempo em que eles acreditam que a gente vai se arranjar e alugar uma vaga em algum outro apartamento.
Uma explicação rápida: por aqui, alugar um quarto single (só você) é bem mais caro. Algo entre 400 e 450 euros. Se for fora do centro, você consegue achar por mais barato. No entanto, tem que pegar condução para ir para lá ou usar a boa e velha magrela. O ideal é você economizar dividindo o quarto para poder gastar mais morando perto do centro. Deu para entender? rs.
Eu estava querendo e procurando muito uma vaga em que não tivessem brasileiros ou, se tivessem, que fossem poucos.


Hoje, combinei com duas pessoas para visitar apartamentos diferentes que encontrei no Daft, um site de anúncio de imóveis e vagas. Ambos, por fotos, pareciam uma graça.
O primeiro que visitei era na Lower Ormond Quay, há quinze minutos do centro e na frente do rio. Entretanto, o apartamento não ficava de frente para o Liffey e era bem diferente das imagens que vi. Super escuro, com cara de úmido e uma bagunça (e olha que eram três meninas morando e sabiam, há dias, que eu iria lá). Ah sim, detalhe importante: duas brasileiras e uma venezuelana. Minhas probabilidade de falar inglês em casa seria zero.
Não adianta se enganar: se você mora com brasileiros, vai falar em português sim porque é mais conveniente. Terão palavras, frases e ideias que você não saberá expressar em outra língua e vai mesmo recorrer à materna.
O segundo que visitei fica na Talbot Street. Detalhe que minha escola fica literalmente na esquina.
Uma brasileira está passando a vaga e as outras queriam que ela deixasse tamém uma representante tupiniquim no lugar. Lá moram: uma coreana, uma búlgara e uma italiana.
O apartamento estava cheio. Além delas, estavam o namorado de uma que acho que é italiano e o da outra que é português, além de uma amiga da coreana.
O português gentilmente me ajudou traduzindo algumas das coisas que eu não conseguia entender. Apesar daquele monte de gente, todos foram muito simpáticos e me mostraram tudo na casa. Gostei disso: queria mesmo estar num lugar onde cada um fosse de um lugar diferente e eu não tivesse como falar português. Quer investimento melhor do que este?
Assim que saí de lá, já avisei a brasileira que queria ficar com a vaga. Ela conversou com as outras e viu que elas também me aprovaram e, agora, é só esperar o dia da mudança que ainda estamos combinando quando.
Será que encontrei meu cantinho aqui em Dublin pelos próximos meses? Espero que sim! Tem dado tudo tão certo desde que cheguei que estou confiante. Aguardemos pelo desenrolar desta novela... rs.

7 comentários:

  1. É isso aí Ma! De preferência não tenha convivência muito intensiva com brasileiros, pq tendemos a não falar outra língua que não o português.
    E acho que vai ser beeeem interessante a convivência com esse pessoal todo hein? Que salada cultural!
    Aproveite. Beijão!

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    1. É, Cin. A ideia é justamente mesclar as amizades. Um pouco de cada um... rs.

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  2. como tia coruja (ahah), cuide-se para não arrumar namorado também como suas flatmates e me arrumar um sobrinho-neto estrangeiro. Ah?? obaaaaaaa!!! quer disser, enjoy the life, the people, the world, yourself. Beijos, Juju

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    1. Tia, vocês e essa obsessão por mais sobrinhos-netos. Aposto que se não quisesse nenhum, já teriam vários... rs.

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  3. Má, é muito bom saber q vc está bem e que está dando tudo certo. Continue com esse pensamento e também escrevendo para nos manter informados! Bjs.

    PS. O Thiago falou que nas nossas próximas férias vamos te visitar! kkkk

    Juli

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    1. Ju, a Karol tá querendo vir para cá. Só ir juntando uma grana ou esperar eu voltar.
      Beijos e saudades de todos

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